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Vale a pena ser amante, como a Isis de 'Império'?

Vale a pena ser amante, como a Isis de 'Império'? Veja análise e opine

Nota: Por favor passamos para novo endereço: http://pousadadopensamento.blogspot.com.br/

 

Aceitar com passividade o papel de amante, como acontece com Maria Isis (Marina Ruy Barbosa), em "Império", pode parecer fácil. No entanto, a antropóloga Mirian Goldenberg, autora dos livros "A Outra" e "Por que Homens e Mulheres traem?" (Bestbolso), afirma que uma situação como a dela é mais difícil do que aparenta. "Em geral, este tipo de relacionamento envolve muito sofrimento e dificuldade para lidar com o fato de não ser a única, a número um, a que completa o par sem necessidade de outras", diz a especialista.

É mais comum encontrar mulheres nessa condição, por uma questão cultural. "Elas não são educadas para se dividir entre dois homens", fala Mirian. Já eles, muitas vezes, foram criados para separar a mulher da casa e a da rua, aquela que cuida da família e a que oferece prazer.
O psiquiatra Luiz Cuschnir, coordenador do Gender Group® do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), comenta que a mulher tem uma vida emocional muito rica e, por conta disso, envolve-se mais facilmente, mesmo que a situação não seja a de sua preferência. "Elas também acreditam mais em promessas e creem que poderá haver mudança do status de amante, se for persistente", explica.
Para a psicóloga Margareth dos Reis, doutora em ciências pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), assumir o papel de amante é sustentar um relacionamento cheio de limitações. "Não dá para ser completo. Inicialmente, no calor da paixão, pode ser suficiente. Mas, com o passar do tempo, a pessoa acaba se sacrificando, e isso tende a provocar um desequilíbrio emocional", afirma.  

Sua natureza é monogâmica ou poligâmica?

Você é feliz e se satisfaz com um único relacionamento? Reflita sobre a questão, fazendo o teste elaborado com a consultoria do psicólogo Diego Henrique Viviani, docente do Inpasex (Instituto Paulista de Sexualidade).

 Pesquisa
  • Terminaria na mesma hora. Tudo o que você não quer é fazer papel de ridículo na frente dos outros.
  • Aceitaria como algo natural. Afinal, ninguém é dono de ninguém.
  • Ficaria extremamente magoado. E teria dificuldade de levar a relação adiante.
  • Ficaria chateado num primeiro momento. Mas, se estivesse realmente envolvido, perdoaria.
"Essa história de que o cara vai largar a esposa não existe", diz P.R.V., 38 anos, representante de vendas, que foi amante de um homem por três anos. Segundo ela, não vale a pena aceitar essa posição. "No fim, a gente descobre que tudo é uma grande enganação e não dá para levar a situação por muito tempo", diz.

Já a esteticista M.L., 62 anos, conta que foi "a outra" por 18 anos. "Gostava dele e compreendia que ele não podia abandonar a família por causa dos filhos", afirma. E ela diz que nunca exigiu isso dele, e que não se arrependeu em ter mantido o relacionamento por tanto tempo. "Foi um grande amor".

Você seria amante de alguém?

Uma doce ilusão

De acordo com Mirian, por amor, dependência  medo da solidão, muitas mulheres preferem ser amantes a ficarem sozinhas. "Além disso, algumas afirmam que, neste tipo de relacionamento, não existe a rotina e as obrigações de um casamento, portanto, a relação é mais gostosa, divertida e cheia de tesão", acrescenta.
Entretanto, Margareth acredita que isso pode ser uma ilusão e, em geral, a amante espera ser a escolhida. "Afirmar que este tipo de relacionamento é melhor porque foge da rotina é uma maneira de tentar se confortar. Em muitos casos, pode ser até um subterfúgio para suportar a situação", explica.

É importante, entretanto, dizer que um relacionamento extraconjugal pode oferecer grandes momentos de amor e sexo. "O espaço para sentirem o amor de um pelo outro é grande, mas para viverem esse amor no dia a dia é restrito. E isso terá implicações importantes na construção de projetos de vida comuns e de experiências sociais e familiares", afirma Cuschnir.

Para Margareth, ser amante é ter a certeza de que não terá companhia em datas importantes como festas e feriados. "A amante não tem a rotina, mas também não tem as coisas boas", fala a especialista. Ela comenta que um relacionamento se constrói no dia a dia e se fortalece a partir do momento em que se aprende a lidar com os aspectos bons e ruins.

Os tipos de amantes

Em seu livro "A Outra", Mirian classifica os três tipos de amante: a passageira, aquela que fica por pouco tempo na situação; a transitória, que está esperando ele se separar para se tornar a mulher oficial e a permanente, aquela que vive como amante por muitos anos, sem expectativa de que seja assumida.
"Um relacionamento pode abarcar completamente a vida que a pessoa leva. Por isso, começa como brincadeira, uma intenção de terminar quando quiser e, de repente, a pessoa está em um nível de envolvimento que não consegue se afastar, mesmo sabendo dos malefícios que causam", explica Cuschnir. Segundo o psiquiatra, existe relacionamento que provoca verdadeiros "sequestros emocionais", causando dependência e criando situações semelhantes a um cativeiro.
O corretor de imóveis D.B.B., 41 anos, diz que o lado negativo de uma relação extraconjugal é a mentira. "Não se tem amante sem mentir. A consciência pesa demais, a culpa machuca muito", afirma. Durante seis anos, mesmo sendo casado, manteve uma amante, também casada. Eles acabaram se separando. "Ainda somos amigos, cúmplices e apaixonados um pelo outro, mas cada um na sua", fala. O relacionamento não continuou porque, na época, foram descobertos e decidiram evitar possíveis brigas e mágoas.
Só vale a pena ser amante se houver maturidade e uma boa estruturação da vida. "Depender apenas dessa relação amorosa pode ser muito desgastante e afetar outras áreas da vida. Pode ter implicações profissionais e de outras relações como um todo e prejudicar a saúde de pessoas que não têm a estrutura psicológica adequada", afirma o psiquiatra. 
É preciso lembrar, também, que a monogamia não é uma obrigação, mas uma escolha. Talvez a saída mais simples seja viver um relacionamento em que não há a obrigação de exclusividade, para quem faz questão de viver experiências extraconjugais. Assim, ninguém precisa mentir nem se sentirá enganado. 
relacionamento aberto

Você está preparado para um relacionamento aberto?

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Um comentário:

  1. Olá sou a kdg de 33 anos sou amante a dois anos e 5 meses e tento entender essa minha relação que não é normal como qualquer outra situação de amante, para vocês entenderem vou explicar.
    Ele é casado tem um filho de 8 anos e está casado as uns 9 anos, só que ele fica e dormi comigo um dia sim e não, o sábado é na casa dele e domingo comigo, qmum fim de semana viaja com a família e no outro comigo, fim de ano é sempre comigo e a família dele viaja sem ele , a parte financeira também é ajustada, pois deixei bem claro se vou ser fiel igual a esposa, mereço o mesmo tratamento, Eu tenho todas as senhas dele not, celular, redes sociais etc... então eu fico me perguntando como uma pessoa permanece casada assim, eu não sei quando eles estão juntos, por que eu posso ligar ou mandar msg para a qualquer hras da noite ou dia , que hras tão juntos ? Sendo que sempre está falando comigo até tarde da noite. Eu fico sem saber como permanecer nesse tipo de relação e por varias vezes eu já terminei, mas ele vem me procura pede p voltar vai até a porta da escola quando estou para buscar meu filho para tentar falat comigo e voltar ja pedi para ele decidir a vida dele, ele diz que depois que o pai morreu é maos difícil porque a mãe tem depressão e por morar no que é da mãe então ficaria pior é o outro motivo é o filho, que diz que n vive sem ele, mas fico me perguntando tem dias que fica comigo 3 dias seguidos e nem vê o filho...sei lá são coisas que eu me pergunto tento sair e no final permaneço.

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